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domingo, fevereiro 21, 2010

A dor como uma rosa...

Eu preciso estar sobrio
E acreditar em tudo que vi
Ela estava lá... parada
O seu sorriso me encatava

Naquela tarde decidi ama-la
Juguei-me tolo, pois apenas os proprios se apaixonam!
E naquele momento decidi sorrir
Apenas naquele momento...

Senti-me vivo ao lado dela
Pois a amava como nunca amei
Ou ao menos como pensava...
Meu coração batia forte...

O sol se punha em seu recanto
Os labios da minha amada eu beijara
Naquele entardecer...
O sol se escondia nas linhas do horizonte

Uma brisa suave escorregava na sua pele
Tão macia quanto o veludo...
Num sentimento tão real
Sobrio eu estava...

Pois digo que não seria um sonho
Estar tão perto da felicidade
E tão longe da linha que separa
A lucidez do inconsciente...

Aquele ser divino me alegrava
E aos poucos... me entristecia
Sua voz era como o canto das sereias...
Seus olhos de rubis... lindos e preciosos...

Seu olhar marcante dominou minha mente...
Meu coração, minha alma...
Algo que parecia tão puro
Se converteu em algo tão feroz

Foi um processo de mutanção
Como da tarde para noite...
Seus olhos não pareciam mais tão transparentes
Sua voz já não era mais tão suave...

Meu coração naquele momento
Diminuiu o ritmo, despertei daquele sonho
Do qual não pensava em acordar...
Ao me virar estava apenas o espaço vago

Que ela deixou para mim quando se foi...
Do lado de minha cama apenas teu retrato
Maltrado pelo tempo... trincado pela dor...

De todo aquele amor... não me restou
Nem mesmo a dor... de perder-te...
De uma maneira tão cruel...

- Kleber Gomes


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