Alguém me responde, de Elvis a Raul, o que significa?
Não.
Nada.
Talvez.
Sim.
É algo. Comigo, ou com algo ao meu redor.
Isso não é poesia.
É tristeza.
Uma casinha um carro a prestação.
Saber de cór a lição.
Ou águas turbulentas por baixo da ponte.
Não consigo me conformar, tantas perdas, tanta vontade de ser alguém, e ao mesmo tempo não querer ser ninguém.
Quando eu crescer vou ser exatamente o mesmo, isso, o mesmo ninguém de quem eu era antes.
Aquela triste imagem vai se repetir durante toda minha vida. A vida que eu não tive.
Minhas contas atrasam, minha vida atrasa, eu tento seguir e me desfaço dos meus sonhos, da minha vida e do meu caminho, o dinheiro fala mais alto, quando se tem outras realizações. Não me conformo em estar no mesmo lugar o tempo todo, preciso respirar. E seguir em frente.
Não sei o que devo fazer. As vezes me vejo a beira da loucura.
As vezes me vejo consciente. Não entendo como minha mente funciona.
As vezes comom baby light my fire, as vezes Eduardo e Mônica.
As vezes exatamente o mesmo, as vezes vejo cogumelos numa varanda de cristal.
Mas de certa forma não entendo a vida.
Pode ser um belo casal, uma vida... Entregando os papeis em dia. Mas e o sentindo da vida, dos lugares, que eu não vi, e tenho vontade de ir, não se trata de apenas uma prisão, ou de estar preso a algum lugar, pessoas, e essas coisas.
Tem algo que penso, se as pessoas são verdadeiras, elas vão comigo aonde eu for. O lugar não importa, importar mudar, e dar um sorriso verdadeiro, e não um sorriso forçado, e estar na sala do patrão, tentando resolver os problemas que não são meus, as vezes me cansa.
E ter tanta coisa na cabeça e não poder executar ou falar, as vezes querer discutir religião, ou até mesmo um serviço que não fiz. É uma nota do que eu penso. Do que vai a minha opnião que aos poucos se esvair, entre fios finos e decadentes, que se rompem um a um, cortando cada laço que eu fiz com minha vida. Isso não é um resmungo a toda minha vida, mas sim uma resenha, do meu pessoal, separando toda minha insatisfação profissional/pessoal.
Nada a se tratar de terceiros, direta ou indiretamente envolvidos em minha vida.
Deixo aqui o meu desprezo por mim, por não acreditar que eu possa viver, ou fazer coisas que ninguém jamaais acreditou que eu fosse capaz. Aqui deixo, meu breve apelo aos 24 anos, caso eu esteja vivo.
A tristeza é pesada, e a linha da vida me assombra a cada hora, pois hora estou e ora me vou.
Não sei o que estará me esperando amanhã, mas de certa forma, serão problemas, ou soluções, e caso eu esteja errado, estarei certo. Pois não há duvidas, e não há certeza, pois é algo momentanêo. E a cada passo, um leve traço do passado é deixado. E cada lugar que eu olho me vejo, refazendo meus planos, minha vontade e talvez minha vida. É triste ser mortal, e tentar ser imortalizado. Tendo em passos uma rua com meu nome, ou apenas algo datado com minhas credenciais desde 2000 e alguma coisa.
- Kleber Gomes
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