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segunda-feira, fevereiro 25, 2019

Sólido.

Passado amargurado.
Sempre memórias que me desgastam
Me enfurecem;
Será que eu não estou no presente?

Dizem que de certa forma,
O tempo presente, é um presente.
Digo tolice. Pois o meu presente
Foi enviado e assinado pelo próprio demônio.

Querendo entender meus problemas,
Tento me analisar e me estudar.
Mas sempre que procuro me resolver
Acabo sempre frustado, por perceber que nada vai mudar;

Minha infância perversa e sombria
Me assombra, sem ficar para o passado.
Mais que viva em minhas memórias.
Todos aqueles rostos zombando de mim.

Fazendo pouco de um pobre coitado
Que até hoje nem sabe o que é viver.
E hoje ainda tentando entender o sentido de viver
Tento alegrar-me, criando expectativas

Achando que ainda há tempo
De ajeitar tudo que eu deixei mal resolvido.
Mas não adianta, não vai se resolver.
Talvez eu precise de umas três reencarnações ou mais;

Vida essa falha, frustada;
E sem a menor chance de vitória.
Condenado sempre ao fracasso.
A zombaria em minha mente é instantânea.

Quando abro os olhos pela manhã,
E olho ao redor, já vejo meu fracasso.
Já vejo minha decepção.
Que vida é essa? Pergunto-me

E sempre a mesma resposta
Surge em minha mente.
"NENHUMA"
A qual vida me refiro?

Eu não estou vivo.
Estou apenas seguindo.
Desalmado, fracassado e frustado.

Nunca saberei o que isso significa.
Apenas quando eu me for.
Talvez em um outro plano me seja feito os devidos esclarecimentos.

Enquanto esse dia não chega,
Venho seguindo humilhado, fracassado e sem rumo.

- Kleber de Almeida

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