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segunda-feira, março 03, 2014

Se, não...


Se não há tristeza, em fundo de ódio
Que oscila entre a garganta...
As cinzas caem no chão,
O cigarro aceso, estoura meu pulmão.
A dor do infarto, as vezes aperta meu peito.
Talvez pelo cigarro.
Se, não pelo amor.
Que a dor me consuma até o ultimo instante.
Essa dor, estoura meu peito.
Quando a ultima cinza cair no chão.
Não estarei mais neste mundo.
Se, não...
Não convoco ódio nestes versos
Por ventura, incapaz.
Incapaz estou de incitar qualquer sentimento.
Que a desgraça alheia não me perturbe.
Que ao terror de minha mente,
Amaldiçoe este maldito.
Me chamo maldito, de cujo nome
Tão estranho, me torno digno de maldição!
Minha garganta quer gritar,
Meu corpo deitar.
Meu coração parar.
Tenho a mim a despedida.
Que triste fiquem meus amigos.
Mas que felizes fiquem com minha partida.
- Kleber Gomes

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